Tumores Suprarrenais

Os tumores suprarrenais, embora raros, representam uma área de interesse médico devido à sua diversidade e potencial impacto na saúde. Essas glândulas, localizadas sobre os rins, desempenham um papel crucial na regulação de hormônios essenciais, tornando o diagnóstico e tratamento de tumores nessa região particularmente desafiadores.

Classificação dos Tumores Suprarrenais:

1- Feocromocitomas: Tumores geralmente benignos que afetam as células cromafins, desencadeando a produção excessiva de catecolaminas. Essa condição pode levar a crises hipertensivas, requerendo cuidadosa preparação pré-operatória.

2- Adenomas e Carcinomas Corticais: Tumores relacionados à produção de hormônios corticais, como cortisol. Adenomas são frequentes e geralmente benignos, enquanto carcinomas são mais raros e podem ser agressivos.

3- Neuroblastomas e Ganglioneuromas: Tumores associados ao sistema nervoso simpático, mais comuns em crianças. O diagnóstico e tratamento exigem uma abordagem multidisciplinar.

Abordagem Diagnóstica:

O diagnóstico de tumores suprarrenais envolve avaliação clínica, exames de imagem e testes hormonais. A ressonância magnética e a tomografia computadorizada são comumente utilizadas para visualizar essas glândulas, enquanto testes hormonais podem revelar se o tumor está associado a desequilíbrios hormonais.

Abordagem Cirúrgica:

Para feocromocitomas unilaterais de até 6 cm, a abordagem laparoscópica é preferida, proporcionando recuperação mais rápida, menos desconforto e melhores resultados cosméticos em comparação com a adrenalectomia aberta.

A adrenalectomia laparoscópica, considerada padrão para tumores adrenais menores, teve sua primeira descrição em 1992. Após o procedimento, a monitorização pós-operatória em CTI por 24 a 48 horas é vital para observar arritmias e hipotensão. A hipertensão pode persistir em 25% dos pacientes no pós-operatório, especialmente naqueles com hipertensão pré-existente.

O tratamento de tumores adrenais exige uma abordagem multidisciplinar, integrando endocrinologistas, cirurgiões e anestesiologistas para garantir uma intervenção segura e eficaz.

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