O GIST, do inglês Gastrointestinal Stromal Tumors, é um tumor raro com aumento recente na incidência. Ele tem origem na parede dos órgãos, nas camadas musculares do trato gastrointestinal. Essa condição é mais frequente em pessoas de 50 a 60 anos, sendo ainda mais incomum em adultos jovens. O GIST pode se desenvolver em qualquer parte do trato gastrointestinal, sendo encontrado em até 50% dos casos no estômago, 30% no intestino delgado, 10% no intestino grosso, 5% no esôfago e 5% em outras regiões da cavidade abdominal.
Apresentação Clínica
A apresentação clínica do GIST não é específica e varia de acordo com a localização e tamanho do tumor. Os sintomas podem incluir náuseas, vômitos, sangramento gastrointestinal (vômitos ou evacuações com sangue), desconforto, dor e distensão abdominal. Em alguns casos, pode haver a presença de uma massa palpável no abdômen.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser estabelecido por meio de biópsia da lesão, realizada por tomografia computadorizada, endoscopia, colonoscopia ou ecoendoscopia. Em muitos casos, a identificação ocorre durante cirurgias de emergência devido a complicações dos tumores, como perfuração, sangramento e obstrução intestinal.
Tratamento
Para tumores localizados sem metástases, o tratamento consiste na ressecção cirúrgica completa da lesão. Em algumas situações, pode ser necessária uma cirurgia mais abrangente com a remoção de estruturas adjacentes ao tumor. O Imatinib é uma droga quimioterápica específica utilizada no tratamento de doença metastática ou não ressecável. Essa substância pode ser empregada para reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia ou após a intervenção, aumentando a eficácia do tratamento. Muitas cirurgias atualmente podem ser realizadas de forma minimamente invasiva, através de videolaparoscopia ou cirurgia robótica. A escolha entre as técnicas depende da localização e tamanho do tumor a ser removido, além da presença ou ausência de cirurgias prévias múltiplas ou necessidade de procedimentos concomitantes.