O câncer do intestino grosso representa um dos tipos de tumores mais prevalentes em escala global. No Brasil, ocupa a segunda posição em incidência entre as mulheres e a terceira entre os homens. Os sintomas e sinais emergem à medida que o tumor se desenvolve, sendo os mais comuns: alteração na forma das fezes (fezes afiladas), mudanças no ritmo intestinal (diarreia ou constipação), desconforto abdominal e presença de sangue nas fezes. Em estágios iniciais, as perspectivas de cura são bastante favoráveis.
A colonoscopia desponta como o exame primordial para o rastreamento do câncer do intestino, consistindo em uma análise endoscópica do intestino grosso. A efetiva realização desse procedimento requer uma preparação adequada do intestino por meio do uso de laxantes nos dias que antecedem o exame. Durante a colonoscopia, é possível identificar e remover pólipos, além de realizar biópsias em áreas suspeitas.
Após o diagnóstico de um tumor maligno no intestino grosso por meio da colonoscopia, o próximo passo é avaliar a extensão da doença (estadiamento do tumor). Assim, além dos exames físicos e laboratoriais, são empregadas tomografias do tórax e abdome, podendo ser necessárias ressonância magnética e PET-CT em alguns casos.
Tratamento dos Tumores Malignos do Intestino:
O tratamento dos tumores malignos do intestino demanda uma abordagem multidisciplinar envolvendo cirurgia e quimioterapia. A intervenção cirúrgica no intestino é praticamente inevitável em todos os casos. Em situações de diagnóstico precoce a quimioterapia pode ser evitada. Contudo, quando há detecção de metástases no fígado durante o estadiamento pré-operatório, outras estratégias terapêuticas podem ser consideradas. Essas opções serão discutidas entre os cirurgiões e oncologistas que acompanham o paciente.
Durante a cirurgia, realiza-se a remoção do segmento intestinal afetado, incluindo a área de drenagem linfática da região (linfadenectomia). Atualmente, a maioria das cirurgias é conduzida por videolaparoscopia ou cirurgia robótica, o que implica em incisões menores e uma recuperação mais rápida para o paciente. A possibilidade de uma colostomia temporária (exteriorização de pequena abertura do intestino na parede do abdômen) deve ser discutida abertamente entre o paciente e a equipe médica.